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Entre o hoje

Entre o hoje
E o dia para sempre
Piscar de olhos

JV

Sobe sem pressa

Sobe sem pressa
A onda, e revolve
Para renovar

Quebra o vazio
Arrasta o silêncio
Para relembrar

Dias passados
O que sempre permaneceu
E não mudará

JV

Se o sol se põe

Se o sol se põe
Sem o sentir presente
Só passa um dia

JV

Quantos dias são

Do amanhecer
Até ao sol se deitar
Quantos dias são

Correr, esperar
Ir a terras distantes
No mesmo lugar

No fim do dia
Nas estações, paragens
Onde procuro

Eternidade
Nas luzes esbatidas
Sinal distante

JV

Toupeira Rude

Toupeira rude
Que levas e que trazes
Os meus dias

JV

Estranho

Estranha boca
De quem chama «pérola»
A velhos cacos

Estranho pastor
Que deixa o rebanho
Pela perdida

Quebra-me então
Quero perder-me em Ti
E estranho ser

JV

Sexta-feira VIII

Sexta gelada
Aguarda o calor
Do par de dias

JV

Primeiro dia

Um só sorriso
Quebrarás meu coração
E serás minha

EV

Nascerás

Sonho, lágrima
Esperança adiada
Sangue e raiva

Dias e tempos
Vida paralisada
A morte em mim

No novo dia
Braços fracos, abertos
Dádiva serás

Não do meu ventre
Alma da minha alma
Nascerás em mim

EV

Sexta-feira VII

Para ti, odes
Trazes água à boca
Dos dias doces

JV

Finda a rua

Finda a rua
Vem chegando a porta
Começa o dia

Por entr'as frestas
Escapam raios de luz
Da nova vida

JV

Extingue-se o dia
mas não o canto
da cotovia

Matsuo Basho, em «O Gosto Solitário do Orvalho, seguido de O Caminho Estreito» (Assírio & Alvim, 2003). Alguns excertos aqui.

Fim da batalha

Nuvem pesada
Promessa colorida
Lágrima feliz

O final do dia
Cinzas, trapos, suspiros
Tu iluminas

No mar revolto
Fina jóia encontrei
Puro sorriso

O ruído branco
Foge com uma melodia
Tua gargalhada

Pequena David
Sem pedras me derrubas
E não resisto

Fim da batalha
Enterro a espada
Entrego tudo

JV

Final da tarde

Ecos constantes
Batimentos sem vida
Na sombra branca

Finda a tarde
Último sopro quente
Nova pintura

Sons inaudíveis
Do dia que não termina
Adormecem-me

As folhas dançam
Falta-me a música
Que as embala

JV

(Continuação do Quase-silêncio)

Na madrugada

Se do meu amor
Te esqueceres um dia
Não direi adeus

Na doce canção
No tenebroso trovão
Eu te lembrarei

Passos que demos
Os dias prometidos
Brilharão no céu

Na madrugada
O reflexo, o cumprir
O doce chorar

JV

Vive

Manhã, Acorda
Levanta, Lava, Come
Viaja, Chega

Dia, Vê, Lê, Faz
Fala, Discute, Manda
Refaz, Resolve

Noite, Viaja
Vê os olhos de riso
E então vive

EV

Astro Rei

É pela manhã
Que tu quebras o frio
Da noite escura

Pelo dia fora
Os raios majestosos
De sol, que calor!

Ao entardecer
A tua imponência
Reluz a oiro

RR

Verão

Sol vai subindo
Caminho à beira-mar
Minha âncora

Neste descanso
Busco Tua presença
Minha bússola

Tua alegria
Surpreende cada dia
Chuva de Verão

JV

O som de passos

O som de passos
Ecoa no escuro
Corrida lenta

Luz ofuscante
Bela e violenta
Vejo-Te sorrir

Sopro gelado
Canção conhecida
Um novo dia

JV

Dia da poesia

Triste o dia
Em que somos poetas
Por obrigação

EV